terça-feira, janeiro 31, 2006

O estado das coisas


O elenco se reuniu diante da TV para assistir o ensaio gravado. Num canto da sala, fiquei observando seus olhares vidrados, as cabeças apoiadas nas mãos, os cigarros entre os dedos.
Menos Gláu. Gláu não fuma, costuma abanar a fumaça que chega perto do rosto. Paulo ri feito louco quando se enxerga na tela. André fica compenetrado, deixa os comentários prá depois. Gláu e Renato se olham o tempo inteiro, sabem da responsa. Os dois formam o casal apaixonado do filme. Loli vai desvendando aos poucos, uma criança curiosa diante o Papai-Noel, presenteada a cada minuto com uma nova possibilidade. Jeff fala dos exercícios e das diferenças entre um ensaio e outro, sobre o processo. Todos falam ao mesmo tempo quando a empolgação atinge o ápice. Acharam mais um elemento que será absorvido para o filme. Constante criação & recriação. O elenco oferece consistência para o trabalho da diretora. Quando isto ocorre, a magia está mais próxima de rolar. A química. Troca ininterrupta de sacações e descobertas.
marco.

(na foto a partir da direita: Paulo, Gláucia, Renato e André)

sábado, janeiro 28, 2006

CONTAGEM REGRESSIVA & um sonho maluco


Faltam poucos dias para iniciarmos as filmagens. Estou cansado mas não consigo dormir... vai explicar... noite passada sonhei que estava no meio de uma produção de um comercial... Uma boca gigante foi cenografada na praia. O vai-e-vêm das ondas simulava o movimento de um Cepacol numa imensa boca tropical... surfistas pegavam as ondas como se fossem a sujeira, os resíduos que ficam entre os dentes... sim... os dentes! Os dentes eram feitos de isopor, perfeitos, do tamanho de televisores 29''... e lá pelas tantas fiquei conversando com uma garota, a diretora de arte... ela me explicando como havia feito os dentes...corta. Estamos eu e Loli esperando o Diretor do comercial do refrescante bocal dentro de um Mavericão ou num Opala sem os pneus dianteiros. O Diretor chega e começamos a andar de carro pela cidade... as rodas arrastando no asfalto, faíscas. Coisa de louco. Descubro que ele recebeu 40 mil de cachê...

Estou com medo de ir dormir...

Penso no filme o dia inteiro e acabo sonhando com comercias...

Melhor do que fazer comerciais o dia inteiro e sonhar com Cinema. Com certeza minha conta iria estar gorda... mas eu seria um ser humano triste.

Viva o Cinema Independente!!! Abaixo o Luis Henrique!!!!

Parabéns para o elenco no ensaio de hoje... Jeff e Loli merecem aplausos... experimentações, disciplina & método (Karl Marx), vontade, amor, improvisos e dedicação. Cine-Jazz.

"Era uma vez no Oeste" deu pau! Assistimos somente os primeiros vinte minutos... Muitos tiros, sangue e um espetáculo cinematográfico atrás do outro... o plano da chegada da personagem vestida de preto que não sei o nome na estação é fabuloso... começa num travelling, sobe pelo telhado e revela a vila inteira numa coreografia espantosa...tudo isso antes dela apanhar a carroça que a conduzirá para o local onde a família foi exterminada. Lindo demais.

Mas é isso. estou meio solitário no blog ultimamente... cadê todo mundo?? Faltam seis dia para o início das filmagens...Vou dormir e sonhar com pasta-de-dente...

Sganzerla está morto!

beijos de arame-farpado,
marco.

domingo, janeiro 08, 2006

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Isto não é um QG !!!!






Estamos querendo nos mudar, arranjar um novo QG, a casa do Marco e da Loli ficou pequeno demais pra nós 7 !
Quem tiver um QG pra emprestar, alugar, doar ou arrendar, favor entrar em contato.

Malkovich Malkovich, Malkovich? Malkovich Malkovich!

segunda-feira, janeiro 02, 2006

I'm ready for my close-up, mr. De Mille.

Referência torta 1:

Da série atores que interpretaram seus duplos. Onde começa um personagem, onde acaba um ator? Norma Desmond, a estrela esquecida de cinema mudo do magnífico Sunset Boulevard (Billy Wilder, 1950), " É " Gloria Swanson, a diva que interpretou esse papel de forma definitiva. Quando se percebe que Gloria está de alguma forma falando dela mesma, a personagem adquire um caráter trágico e patético. E a interpretação adquire traços realistas no meio do acting quase expressionista. "Eu não preciso de falas, meus olhos dizem tudo!".
A mais cruel e cortante história sobre o cinema indústria.
Ok, acalmem-se! Não vou descer nenhuma escada pensando ser a princesa Salomé, o que importa é o que está invisível.

Renato