terça-feira, novembro 23, 2010

2010 foi mais ou menos assim




No início do ano, enquanto a juventude veraneava e curtia as delícias da estação, os produtores da Vinil Filmes trabalhavam duro nos documentários da série Ilha 70


As escolas de samba aqueciam os tamborins no mesmo instante em que a equipe chafurdava revistas, rolos de super-8 e jornais empoeirados.



Em fevereiro, Loli e Bianca produziram Andares, intervenções no edifício das Diretorias, no centro de Florianópolis.



No mês de março, eu e Mr Turnes mergulhamos no longa de Tânia Lamarca, Amores Raros. Não vou publicar nenhuma foto de Baldina, a personagem de Renato, para guardar surpresa.





A preparação do longa foi intensa. Ensaios com elenco, produção de figurinos e cenários, visita às locações. Tânia Lamarca me ensinou muita coisa sobre direção cinematográfica.




Beijos de Arame Farpado foi exibido no FAM, e levou os prêmios de Melhor Direção de Arte (Loli Menezes) e Melhor Montagem (Marco Martins).


O curta ainda foi exibido em Goiânia e em dezembro estará no festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte.

A TV Globo esteve na Ilha no segundo semestre para gravar os capítulos iniciais da próxima novela das 21H, Insensato Coração. Loli e eu fizemos a produção local. Denis Carvalho, o diretor, uma numerosa equipe e grande elenco estiveram por aqui no mês de outubro.





Antes do início das gravações, no dia 21 de agosto, Nina de Menezes Martins nasceu.



Em outubro, Mr Turnes estreiou O Fantástico Homem Que Imita A Si Mesmo, último espetáculo da Trilogia Lugosi. Fernando Bonassi, autor do peça, esteve na Ilha para uma conversa com os realizadores e público.



Em novembro fui convidado pela produtora Contraponto para dirigir as cenas ficcionais do documentário "Educação e o Mosca Morta", de Katia Klok. Foi muito prazeroso dirigir Chico Caprario de Robinson Crusoé e o ator japonês Ken Kaneko como um mestre de segunda categoria. Kaneko fez muito sucesso nos anos 80, neste comercial:

http://www.youtube.com/watch?v=eI_FzHdgMsk




O ano ainda não acabou, a Vinil agora tem um braço comercial, Loli está na produção dos web-commercials (sim, porque na publicidade o lance é falar inglês) e em breve teremos um piloto de um programa de TV saindo do forno, uma parceria com Marquinhos Espíndola e outros amigos. O documentário sobre os 40 anos do Circo-Teatro Biriba está em fase de montagem e mil ideias estão aos poucos tomando forma. 2010 está chegando no fim, mas é só o começo. Que venha 2011!!

marko

sábado, junho 12, 2010

sexta-feira, junho 11, 2010

BEIJOS NO FAM

Finalmente em Florianópolis

BEIJOS DE ARAME FARPADO

Uma aventura que irá deixá-lo excitado!

da esq. p/ a dir: Alvaro Guarnieri (Fonseca), Renato Turnes (Veludo), Julie Cristie (Cacos) e Chico Caprario (Pacheco)

FAM - Festival do Audiovisual Mercosul

Centro de Cultura e Eventos - UFSC

Sábado, dia 12 de junho

19h

Contamos com sua presença!!

Venha curtir um cineminha, uma história de amor no dia dos namorados!!

segunda-feira, março 29, 2010

Ilha 70!

Ilha 70 é uma série de documentários que reconta a agitada década de 70 em Florianópolis, através do olhar da juventude da época.

Naqueles anos o mundo fervia em transformações comportamentais, estéticas e políticas e a geração 70 de Floripa deu sua resposta particular: abriu olhos, ouvidos e mentes pacatas para o futuro que se anunciava.

Turma do Kioski, Moda, Música, Palhostock, Beto Stodieck, Estúdio A2, Surf, Joaquina, Doces Bárbaros, Prata Palomares, Ditadura, Novembrada...um período de fatos e personalidades alucinantes vivendo em uma cidade que se transformava rapidamente com o acelerado desenvolvimento urbano.

Os três episódios de Ilha 70 são apresentados como uma colagem pop dinâmica, pintado com cores e texturas setentistas, entrevistas com gente que fez e aconteceu, grafismos e raros materiais de arquivo, embalados ao ritmo pulsante do rock.

Ilha 70 recupera um trecho importante da história de Florianópolis que explica muito do que a cidade é hoje. Passado e presente dialogam em uma narrativa ágil, moderna e emocionante.


ILHA 70

Uma produção Vinil Filmes

Direção e roteiro: Marco Martins e Loli Menezes

Direção de Produção: Renato Turnes

Assistentes de Produção: Breno Turnes e Milena Moraes

Direção de Fotografia: Marx Vamerlatti

Som Direto e Mixagem: Léo Gomes

Assistente de Som Direto: Gabriela Damasceno

Edição: Marco Martins

Finalização e Créditos: Gustavo Monteiro

Argumento: Sandra Meyer

Pesquisa: Larissa Schimidt, Marco Martins, Loli Menezes e Renato Turnes

Apoio: Biezza Restaurante

RBS TV

DIAS 10, 17 e 24 de abril

Sábados – Antes do Jornal do Almoço.

Informações:

Vinil Filmes 32047557

segunda-feira, março 22, 2010

de lá pra cá


Registro histórico: dia 11 de novembro de 2009, na Cinemateca Brasileira, estreiou em São Paulo o curta-metragem Beijos de Arame Farpado, dirigido por Marco Martins e produzido pela Vinil Filmes. A exibição foi linda. A sala de projeção, arrisco dizer, é a melhor do país. O som e a imagem perfeitos.
Na minha direita Alvaro Guarnieri estava apreensivo, pois não tinha visto o resultado do curta ainda. Caldeira mexe a cabeça dizendo que não gostou e Julie me fotografa. Na esquerda, Loli, Renato, Hik e Danibica aguardam ansiosos. Depois comemoramos felizes pela noite de Sampa com mais outros amigos e amigos dos amigos. A Chris, a Paulinha, a Manuela Rangel e o Felipe da Di também estavam presentes. A Ivana, o Shadeck e a Elisa deram o bolo.



Pois bem, agora, por enquanto, o assunto é outro:
o aniversário de Florianópolis e o nosso novo trabalho. Anotei num bloco de papel quase tudo que estou transcrevendo agora, coisas do tipo:

Beber um chopp no Mercado Público tem seu charme. O pôr-do-sol transforma o cotidiano em pintura. Daqui a pouco vai rolar a exibição ao ar livre do documentário sobre a vida e obra do Luiz Henrique Rosa, direção de uma amiga minha que já se foi, Ieda Beck. Eu não fui no enterro da Ieda, nem fui visitá-la no hospital. Por egoísmo ou mania, já que não foi a única, preferi guardar a imagem do sorriso no rosto, dos olhos brilhantes, do cigarro nos dedos.
Ieda se foi jovem. Se estivesse aqui, com certeza seria personagem do nosso próximo documentário, o ILHA 70, que estreia na TV no dia 10 de abril (nosso, quer dizer da Vinil: Loli, Renato, Glaucia, Gustavo e eu, só pra lembrar...). Se trata de uma série de 3 episódios sobre a Ilha de Santa Catarina na década de 70. Os personagens foram escolhidos de acordo com os temas que surgiram na pesquisa, desdobramentos do tema maior, a juventude. Lá estão: o Quiosque, o Palhastock, o Estúdio A2, o Beto Stoudieck, a Novembrada etc.



Deixa eu amarrar algumas coisas: uma discussão muito pertinente neste momento é uma das chaves do filme: foi na década de 70 que iniciaram as obras que duram até hoje. Quando eu digo que tomar um chopp no Mercado tem seu charme, é a mais pura verdade para quem tem sonhado com as imagens da cidade no passado. O contraste entre o velho e o novo, a cidade que não existe mais, o crescimento desordenado, a cidade em constante mudança, planos panorâmicos para um futuro distante, um pouquinho do hoje para o amanhã (obrigado Walmor Oliveira por ter se ligado disso lá atrás, de ter apontado tuas lentes para aquela maravilha de lugar, que é o mesmo de hoje mas não é.). Tudo o que está no filme que acabamos de fazer me faz pensar numa frase do Hassis, de que "o artista tem que refletir a sua época". Eu me debruço sobre o passado para tentar entender melhor o tempo presente. Gosto de trabalhar com a memória de forma livre e desapegada (já que estávamos ocupados em nascer naqueles anos), mas ao mesmo tempo me pego nervoso ao perceber que as questões pertinentes daquela época não evoluíram. Sentado na ilha-de-edição, ouvindo um depoimento sobre as demolições desnecessárias de casarões antigos da cidade em 1974, 75, me pego pensando sobre o novo plano diretor e da possibilidade de construção de prédios na Lagoa da Conceição. Fico apreensivo, mas sigo em frente.

Desde já agradeço meus companheiros de trabalho (a Loli dirigiu comigo), os entrevistados que nos cederam não só os depoimentos, mas também acervos fílmicos e fotográficos que foram a base da nossa edição. Muito obrigado!
E tem gente que vai falar: "Ah! Mas nem era assim...". Outros vão dizer: "Era mais ou menos isso..." E outros ainda: "Era exatamente desta forma.". Eu adoro isso tudo, Rashomon me ilumina nessas horas. Ganesha dá o astral e a luz. O resto é trabalho árduo, estratégico, uma certa dose de sangue-frio, autocontrole, tesão, coragem, paixão e cara-de-pau. Coisas de quem vai fundo. Acho que foi isso. Deu pra ti, anos 70.

E antes que eu esqueça: O Beijos passa no CCBB na quarta-feira, dia 24, no Rio de Janeiro, na Mostra do Filme Livre. Mais informações, me sigam no twitter!!

bjs,

markomartin

(fotos Beijos Cris Prim / na sessão Marco / PB Jornal O Estado)