segunda-feira, outubro 24, 2011

Produção de Arte - O Homem Dublado

A Vinil Filmes já iniciou a produção do seu novo curta, "O Homem Dublado", roteiro e atuação de Malcon Bauer, direção de Renato Turnes.
A equipe já se divide no sobradinho da Vinil e entre cafés, reuniões, telefonemas e muita conversa a equipe da arte, assinada por Loli Menezes, começa a trabalhar e buscar suas referências.
Aí vão algumas delas:

Kelly Lebrock, a musa

O Homem


















Laine Valgas / Elaine Vargas

Ximena Barros


Dra T Froide

Cientista

Sexta-Feira 13 Parte XV

Linda Monja

Pianista

Exorcismo

Monges

sábado, março 05, 2011

Lançamento DVD Beijos de Arame Farpado


IMPERDÍVEL!!


Cinemateca Catarinense, Fundação Franklin Cascaes, Pref. Municipal
de Florianópolis, Funcine e Travessa Cultural apresentam:
Cineclube Ieda Beck
Sessão dia 30/03 – QUARTA FEIRA 20h
Cinemateca Catarinense : Instituto Arco-Íris
Travessa Ratclif nº 56 - Centro, Florianópolis, SC
ENTRADA FRANCA

BEIJOS & CACOS-DE-VIDRO

Para encerrar o mês da folia com extravagância de boteco, o cineclube Ieda Beck recebe
a equipe da Vinil Filmes para o lançamento do DVD Beijos de Arame Farpado,
a aguardada continuação do premiado curta Veludo & Cacos-de-Vidro.
Um casamento de bandidagem, malícia e humor é o que promete
a sessão dos dois curtas catarinenses, seguida de bate papo com a equipe,
então venha e inebrie-se com Beijos & Cacos-de-Vidro!

Leia mais abaixo detalhes sobre os filmes.


30/03 QUARTA 20h - Lançamento do DVD

Veludo & Cacos-de-Vidro
de Marco Martins. SC. DV. Ficção.17’. 2004
A ascensão e queda de uma história de amor.


Beijos de Arame Farpado
de Marco Martins. SC. 35mm. Ficção.15’. 2009
Veludo, um assaltante de segunda linha, reencontra o amor de sua vida, Cacos-de-Vidro. Cacos, muambeira estonteante, retorna de uma temporada de insucessos no Paraguai. Juntos iniciam uma série de crimes e logo se transformam em queridinhos da imprensa marrom. Fonseca e Pacheco, dois policiais decadentes, precisam capturá-los e reestabelecer a ordem no país.



O QUE: sessão do Cineclube Ieda Beck "BEIJOS & CACOS-DE-VIDRO"
QUANDO: quarta, 30 de Março, as 20h
ONDE: Cinemateca Catarinense - Instituto Arco-Iris. Travessa Ratclif, 56 (esquina com Joao Pinto)
QUANTO: Entrada Franca
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 anos

UMA REALIZAÇÃO Cinemateca Catarinense, Pref. Municipal de Florianópolis, Funcine, Travessa Cultural, Fundação Franklin Cascaes.

CONTATOS cineiedabeck@gmail.com
Cinemateca Catarinense (48) 3224.7239 Sofia Mafalda (48) 9125.5306 Alan Langdon (48) 9941.2714


DETALHES DOS FILMES:
Beijos de Arame Farpado



Direção, Roteiro e Montagem
Marco Martins

Produção Executiva
Gláucia Grigolo
Loli Menezes


Direção de Produção
Sebastião Braga


Direção de Fotografia
Marx Vamerlatti

Som Direto
Leonardo Gomes

Direção de Arte e Figurino
Loli Menezes

Elenco
Renato Turnes
Julie Cristie
Álvaro Guarnieri
Chico Caprario



Trilha Musical: Os Cochabambas
Realização: Vinil Filmes

Sinopse:

Beijos de Arame-Farpado é a segunda parte da “Trilogia da Paixão Marginal”, um conjunto de três curtas-metragens iniciado com “Veludo & Cacos-de-Vidro", que procura revisitar a cinematografia brasileira dos anos 70.

Em Beijos de Arame Farpado, Veludo, um assaltante de segunda linha, reencontra o amor de sua vida, Cacos-de-Vidro. Cacos, muambeira estonteante, retorna de uma temporada de insucessos no Paraguai. Juntos iniciam uma série de crimes e logo se transformam em queridinhos da imprensa marrom. Fonseca e Pacheco, dois policiais decadentes, precisam capturá-los e reestabelecer a ordem no país.

Beijos de Arame Farpado - 2009 / Ilha de Santa Catarina / 15min / 35mm



Veludo & Cacos-de-Vidro



Ficha Técnica:

genero: ficção

duracao: 17'

ano_produção: 2004

cidade_produção: Florianópolis

estado_ produção: SC

país_ produção: Brasil

bitola: DV

cor: P&B

diretor: Marco Martins

roteiro: Marco Martins

animação: Alan Stone

fotografia: Marx Vamerlatti

direção_arte: Loli Menezes & Valeska Bittencourt

figurinos: Loli Menezes e Denise Richard

montagem: Lucas de Barros

som_direto: Léo Gomes

edição_som: Marco Martins

música_original: Professora Helena & Os Cirilos

direção_ produção: Daniel Caldeira

produção_executiva: Guto Lima

produtora: Unisul

elenco:
Renato Turnes, Julie Cristie


SINOPSE
A ascensão e queda de uma história de amor.


Veludo & Cacos-de-Vidro ganha o mundo.
Curta de Marco Martins é exibido na Europa, Japão e Baixada Fluminense. Vinil Filmes anuncia
a esperada continuação: Beijos de Arame-Farpado.

Em meados de 2003 o cineasta Marco Martins reuniu uma equipe de profissionais que admirava
para a produção de seu trabalho de conclusão de curso em Cinema e Vídeo. O roteiro ele vinha
burilando há anos: uma releitura debochada do Cinema Marginal brasileiro; uma homenagem a
Rogério Sganzerla e aos cineastas malditos; um olhar contemporâneo sobre os filmes brasileiros
das décadas de 60 e 70, produzidos durante a ditadura militar, marcados pela ousadia e pela attitude
vanguarda, sem limites; uma história de amor underground entre um casal fora dos padrões.
Veludo & Cacos-de-Vidro foi lançado em Florianópolis em 2004, dando início a uma carreira
de sucessos, confirmada pelos elogios da crítica, o carinho do público e pelas premiações e
participações em festivais nacionais e internacionais.
Foi também alvo de polêmica em 2005 quando da sua censura na TVE do Rio de Janeiro.
Selecionado para o programa Curta Brasil o filme teve sua exibição cancelada por ordem da
direção da emissora, que alegava “cenas impróprias” para o horário das 22 horas, e só foi
exibido depois dos protestos inflamados da classe cinematográfica.
Veludo & Cacos-de-Vidro é considerado o marco zero da Vinil Filmes, associação cultural
formada por Marco Martins, Loli Menezes, Renato Turnes, Gláucia Grígolo e Gustavo Cachorro.


A carreira de Veludo & Cacos-de-Vidro

- Premiações
Melhor curta pelo Júri Popular e Prêmio Quanta: FAM - Florianópolis Audiovisual do Mercosul/2004;

Júri Popular, Contribuição Técnica e Estética e Menção Honrosa da Associação Brasileira de
Documentaristas e Curta-metragistas: Festival Nacional de Cinema Universitário/RJ/2004;

Melhor Figurino de Curta-Metragem: Festival Filme Fashion/SP/2004

- Outras participações em Festivais Nacionais:
Festival Internacional de Curtas de São Paulo,
Vitória Cine-Vídeo,
Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro.

- Participações em Festivais Internacionais:
Festival de Cinema de Rosário – Argentina
Festival de Cinema Luso-Brasileiro - Santa Maria da Feira – Portugal.
Festival Black and White – Lisboa - Portugal

- Convidado para
Projeto Cineclube Mate com Angu – Duque de Caxias - Baixada Fluminense
Festival de Cinema Brasil-Tókio. Japão.
Videolab – Mostra Itinerante: Coimbra, Lisboa, Madri, Milão, Bogotá, Canadá.




A carreira de Beijos de Arame Farpado

- Lançado na Cinemateca Brasileira em outubro de 2009 – SP

- Exibido nos Cine Serra em Lages – SC

- Exibido no projeto UnoChapecó – SC

- FAM 2010 – prêmios de Melhor Montagem e Melhor Direção de Arte

- Exibido na Mostra do Filme Livre – RJ - 2010

- Exibido no Festival de Curtas de Goiânia

- Exibido no Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte
- -




--
Cineclube Ieda Beck
Travessa Ratclif, 56, Centro - Florianópolis - Santa Catarina
www.cinematecacatarinense.org
Informações: (48)3224.7239 / 9125.5306
Evento Gratuito
Cineclube filiado ao CNC - Conselho Nacional de Cineclube




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Cineclube Ieda Beck
Travessa Ratclif, 56, Centro - Florianópolis - Santa Catarina
www.cinematecacatarinense.org
Informações: (48)3224.7239 / 9125.5306
Evento Gratuito
Cineclube filiado ao CNC - Conselho Nacional de Cineclube

quinta-feira, janeiro 06, 2011

o Baú do Beijos - literatura


Com a palavra, Veludo:

Aquele rapaz, o Pacheco, nutro por ele certa simpatia. Ele me lembra alguns amiguinhos do tempo do orfanato, nos quais eu sempre descia o cacete.
O rapaz parece inteligente mas a vida de funcionário público parece que o abobalhou, o que é natural. Ando desconfiado que ele anda querendo comer minha garota, mas como condená-lo por isso, visto que ela é mesmo uma cavala...
VELUDO

O Sr. Fonseca é um boçal, de bigode antiquado. Desconfio que ele é brocha.
VELUDO

Querida Cacos,
Escrevo-te essas maltraçadas linhas para dizer-te que te tenho no mais alto apreço e que para sempre meu coração a ti pertencerá.
Queria humildemente pedir-te perdão por não ter levantado a tampa do mictório e ter gerado a discussão da fatídica noite de ontem. E te pedir que não voltes pro Paraguai por tão insignificante deslize.
Não suportaria mais viver sem teu colo, benzinho.
Prometo melhorar,
do teu
Veludo.

NOTA DE ESCLARECIMENTO ENDEREÇADA AO JORNAL O MOMENTO
Venho através desta esclarecer que os fatos recentemente divulgados pelos meios impressos, radiofônicos e televisivos e que dizem respeito à supostos atos subversivos executados por mim e por minha cônjuge, a Sra. Cacos-de-Vidro são absolutamente reais. Somos mesmo, tanto eu quanto a citada loiraça, dois incorrigíveis marginais, devassos, despudorados, pornográficos e amorais. Atesto a veracidade de nossos crimes e demais atos libidinosos e ofensivos e reitero que estes não são movidos, por qualquer tipo de sentimento ideológico ou necessidade real, mas por puro divertimento e perversão.
Atenciosamente,
Sr. Veludo, o tal.

ACRÓSTICO PARA CACOS
Cinturinha de pilão
Amor de perdição
Cabelo tingido de loirão
Ouço sua voz de trovão
Sinto sua pele dourada, que pedaço!
Depois sonho um sonho bem devasso
Ela dança, rebola, depois
Vira-se de costas
Intão fico louco de paixão
Dando tiros no meganha
Roubando sem perdão
Ostentando meu tesão

*Encontrado na parede de uma cela no presídio de Trombudo Central

o Baú do Beijos - storyboard




arte: marco martins

o Baú do Beijos - Carangas





flashback

Veludo e Cacos-de-Vidro curtindo a vida adoidado.


"Abre a boca, mostra a língua, eu quero ver o doce!" - dizia o diretor.


Depois do último take, do último plano, da última cena,no último dia. A equipe reunida.

Marco, Loli, Lucia, Djin, Renato, Helena e Julie no FAM 2004

terça-feira, novembro 23, 2010

2010 foi mais ou menos assim




No início do ano, enquanto a juventude veraneava e curtia as delícias da estação, os produtores da Vinil Filmes trabalhavam duro nos documentários da série Ilha 70


As escolas de samba aqueciam os tamborins no mesmo instante em que a equipe chafurdava revistas, rolos de super-8 e jornais empoeirados.



Em fevereiro, Loli e Bianca produziram Andares, intervenções no edifício das Diretorias, no centro de Florianópolis.



No mês de março, eu e Mr Turnes mergulhamos no longa de Tânia Lamarca, Amores Raros. Não vou publicar nenhuma foto de Baldina, a personagem de Renato, para guardar surpresa.





A preparação do longa foi intensa. Ensaios com elenco, produção de figurinos e cenários, visita às locações. Tânia Lamarca me ensinou muita coisa sobre direção cinematográfica.




Beijos de Arame Farpado foi exibido no FAM, e levou os prêmios de Melhor Direção de Arte (Loli Menezes) e Melhor Montagem (Marco Martins).


O curta ainda foi exibido em Goiânia e em dezembro estará no festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte.

A TV Globo esteve na Ilha no segundo semestre para gravar os capítulos iniciais da próxima novela das 21H, Insensato Coração. Loli e eu fizemos a produção local. Denis Carvalho, o diretor, uma numerosa equipe e grande elenco estiveram por aqui no mês de outubro.





Antes do início das gravações, no dia 21 de agosto, Nina de Menezes Martins nasceu.



Em outubro, Mr Turnes estreiou O Fantástico Homem Que Imita A Si Mesmo, último espetáculo da Trilogia Lugosi. Fernando Bonassi, autor do peça, esteve na Ilha para uma conversa com os realizadores e público.



Em novembro fui convidado pela produtora Contraponto para dirigir as cenas ficcionais do documentário "Educação e o Mosca Morta", de Katia Klok. Foi muito prazeroso dirigir Chico Caprario de Robinson Crusoé e o ator japonês Ken Kaneko como um mestre de segunda categoria. Kaneko fez muito sucesso nos anos 80, neste comercial:

http://www.youtube.com/watch?v=eI_FzHdgMsk




O ano ainda não acabou, a Vinil agora tem um braço comercial, Loli está na produção dos web-commercials (sim, porque na publicidade o lance é falar inglês) e em breve teremos um piloto de um programa de TV saindo do forno, uma parceria com Marquinhos Espíndola e outros amigos. O documentário sobre os 40 anos do Circo-Teatro Biriba está em fase de montagem e mil ideias estão aos poucos tomando forma. 2010 está chegando no fim, mas é só o começo. Que venha 2011!!

marko

sábado, junho 12, 2010

sexta-feira, junho 11, 2010

BEIJOS NO FAM

Finalmente em Florianópolis

BEIJOS DE ARAME FARPADO

Uma aventura que irá deixá-lo excitado!

da esq. p/ a dir: Alvaro Guarnieri (Fonseca), Renato Turnes (Veludo), Julie Cristie (Cacos) e Chico Caprario (Pacheco)

FAM - Festival do Audiovisual Mercosul

Centro de Cultura e Eventos - UFSC

Sábado, dia 12 de junho

19h

Contamos com sua presença!!

Venha curtir um cineminha, uma história de amor no dia dos namorados!!

segunda-feira, março 29, 2010

Ilha 70!

Ilha 70 é uma série de documentários que reconta a agitada década de 70 em Florianópolis, através do olhar da juventude da época.

Naqueles anos o mundo fervia em transformações comportamentais, estéticas e políticas e a geração 70 de Floripa deu sua resposta particular: abriu olhos, ouvidos e mentes pacatas para o futuro que se anunciava.

Turma do Kioski, Moda, Música, Palhostock, Beto Stodieck, Estúdio A2, Surf, Joaquina, Doces Bárbaros, Prata Palomares, Ditadura, Novembrada...um período de fatos e personalidades alucinantes vivendo em uma cidade que se transformava rapidamente com o acelerado desenvolvimento urbano.

Os três episódios de Ilha 70 são apresentados como uma colagem pop dinâmica, pintado com cores e texturas setentistas, entrevistas com gente que fez e aconteceu, grafismos e raros materiais de arquivo, embalados ao ritmo pulsante do rock.

Ilha 70 recupera um trecho importante da história de Florianópolis que explica muito do que a cidade é hoje. Passado e presente dialogam em uma narrativa ágil, moderna e emocionante.


ILHA 70

Uma produção Vinil Filmes

Direção e roteiro: Marco Martins e Loli Menezes

Direção de Produção: Renato Turnes

Assistentes de Produção: Breno Turnes e Milena Moraes

Direção de Fotografia: Marx Vamerlatti

Som Direto e Mixagem: Léo Gomes

Assistente de Som Direto: Gabriela Damasceno

Edição: Marco Martins

Finalização e Créditos: Gustavo Monteiro

Argumento: Sandra Meyer

Pesquisa: Larissa Schimidt, Marco Martins, Loli Menezes e Renato Turnes

Apoio: Biezza Restaurante

RBS TV

DIAS 10, 17 e 24 de abril

Sábados – Antes do Jornal do Almoço.

Informações:

Vinil Filmes 32047557

segunda-feira, março 22, 2010

de lá pra cá


Registro histórico: dia 11 de novembro de 2009, na Cinemateca Brasileira, estreiou em São Paulo o curta-metragem Beijos de Arame Farpado, dirigido por Marco Martins e produzido pela Vinil Filmes. A exibição foi linda. A sala de projeção, arrisco dizer, é a melhor do país. O som e a imagem perfeitos.
Na minha direita Alvaro Guarnieri estava apreensivo, pois não tinha visto o resultado do curta ainda. Caldeira mexe a cabeça dizendo que não gostou e Julie me fotografa. Na esquerda, Loli, Renato, Hik e Danibica aguardam ansiosos. Depois comemoramos felizes pela noite de Sampa com mais outros amigos e amigos dos amigos. A Chris, a Paulinha, a Manuela Rangel e o Felipe da Di também estavam presentes. A Ivana, o Shadeck e a Elisa deram o bolo.



Pois bem, agora, por enquanto, o assunto é outro:
o aniversário de Florianópolis e o nosso novo trabalho. Anotei num bloco de papel quase tudo que estou transcrevendo agora, coisas do tipo:

Beber um chopp no Mercado Público tem seu charme. O pôr-do-sol transforma o cotidiano em pintura. Daqui a pouco vai rolar a exibição ao ar livre do documentário sobre a vida e obra do Luiz Henrique Rosa, direção de uma amiga minha que já se foi, Ieda Beck. Eu não fui no enterro da Ieda, nem fui visitá-la no hospital. Por egoísmo ou mania, já que não foi a única, preferi guardar a imagem do sorriso no rosto, dos olhos brilhantes, do cigarro nos dedos.
Ieda se foi jovem. Se estivesse aqui, com certeza seria personagem do nosso próximo documentário, o ILHA 70, que estreia na TV no dia 10 de abril (nosso, quer dizer da Vinil: Loli, Renato, Glaucia, Gustavo e eu, só pra lembrar...). Se trata de uma série de 3 episódios sobre a Ilha de Santa Catarina na década de 70. Os personagens foram escolhidos de acordo com os temas que surgiram na pesquisa, desdobramentos do tema maior, a juventude. Lá estão: o Quiosque, o Palhastock, o Estúdio A2, o Beto Stoudieck, a Novembrada etc.



Deixa eu amarrar algumas coisas: uma discussão muito pertinente neste momento é uma das chaves do filme: foi na década de 70 que iniciaram as obras que duram até hoje. Quando eu digo que tomar um chopp no Mercado tem seu charme, é a mais pura verdade para quem tem sonhado com as imagens da cidade no passado. O contraste entre o velho e o novo, a cidade que não existe mais, o crescimento desordenado, a cidade em constante mudança, planos panorâmicos para um futuro distante, um pouquinho do hoje para o amanhã (obrigado Walmor Oliveira por ter se ligado disso lá atrás, de ter apontado tuas lentes para aquela maravilha de lugar, que é o mesmo de hoje mas não é.). Tudo o que está no filme que acabamos de fazer me faz pensar numa frase do Hassis, de que "o artista tem que refletir a sua época". Eu me debruço sobre o passado para tentar entender melhor o tempo presente. Gosto de trabalhar com a memória de forma livre e desapegada (já que estávamos ocupados em nascer naqueles anos), mas ao mesmo tempo me pego nervoso ao perceber que as questões pertinentes daquela época não evoluíram. Sentado na ilha-de-edição, ouvindo um depoimento sobre as demolições desnecessárias de casarões antigos da cidade em 1974, 75, me pego pensando sobre o novo plano diretor e da possibilidade de construção de prédios na Lagoa da Conceição. Fico apreensivo, mas sigo em frente.

Desde já agradeço meus companheiros de trabalho (a Loli dirigiu comigo), os entrevistados que nos cederam não só os depoimentos, mas também acervos fílmicos e fotográficos que foram a base da nossa edição. Muito obrigado!
E tem gente que vai falar: "Ah! Mas nem era assim...". Outros vão dizer: "Era mais ou menos isso..." E outros ainda: "Era exatamente desta forma.". Eu adoro isso tudo, Rashomon me ilumina nessas horas. Ganesha dá o astral e a luz. O resto é trabalho árduo, estratégico, uma certa dose de sangue-frio, autocontrole, tesão, coragem, paixão e cara-de-pau. Coisas de quem vai fundo. Acho que foi isso. Deu pra ti, anos 70.

E antes que eu esqueça: O Beijos passa no CCBB na quarta-feira, dia 24, no Rio de Janeiro, na Mostra do Filme Livre. Mais informações, me sigam no twitter!!

bjs,

markomartin

(fotos Beijos Cris Prim / na sessão Marco / PB Jornal O Estado)