terça-feira, novembro 25, 2008

Para 2009...

O projeto de documentário Circo-Teatro Biriba: 40 anos de estrada em Santa Catarina, de Gláucia Grígolo, foi contemplado no edital da cinemateca catarinense 2008!

A história da tradicional trupe catarinense de teatro popular documentada

O trabalho começa em abril, depois das filmagens de Beijos de Arame-Farpado, de Marco Martins.

Perseguições implacáveis na continuação da saga marginal

Também em março, a RBS exibe a rie em três episódios sobre cinema catarinense, coordenada por Loli Menezes e Marco Martins.

Chico Caprário encontra seus colegas de cinema

E tem ainda Ângelo O Coveiro, de Renato Turnes, com lançamento ainda no primeiro semestre.

Comédia fantasmagórica em P&B

Boas Vibrações!

sexta-feira, agosto 08, 2008

terça-feira, junho 10, 2008

sábado, abril 26, 2008

Terça - dia 29 - 22h - Blues Velvet


A Vinil Filmes exibe nesta terça-feira, dia 29, em sessão aberta ao público, A Mão do Macaco.

O lançamento do curta será no Blues Velvet, seguido pela exibição do Making Of da produção e da já tradicional Zoológika, com Zuleika Zimbábue.

Zoológika especial no Blues Velvet

Zoológika – humor, cultura e informação sem cerca de proteção! Show de humor solo de Zuleika, que completa 1 ano em maio de apresentações semanais, todas as terças no Blues Velvet, no centro de Florianópolis.

Zuleika cria "versões subversivas para o entretenimento de massa", quadros inéditos em que parodia a televisão com muito humor e crítica. Tudo diluído entre os seus sets musicais especiais, garantindo descontração inteligente na noite de Florianópolis.

    //Exibição.do.filme

    22:00h.pontualmente

    //Super.Set

    1# gothic city! [gente que veste preto, pinta o olho e não é emo]

    2# it's alive, alive! [música elétrica]

    3# Hits cocks! [só sucesso]

    //Seleção.de.clipes.fantásticos!

    //Zuleika.Game.horrores!

    //O.dom.do.carão!

    A famosa dança dos peitos de Elvira, A rainha das trevas!

    //Panelão.da.Zuleika!

    O fogo do inferno!

    //Urna.mortuária!


    Blues.Velvet [pedro.ivo.147. Centro]

    Terça.29.04.

    21h.

    $7


A Mão do Macaco - Entrevista com Jefferson Bittencourt

Por Renato Turnes

Como foi pensada a adaptação do conto A Mão do Macaco para a linguagem do vídeo?

O conto original de William Wymark Jacobs se passa no final do século XIX. Trata-se de uma família: pai, mãe e filho, que recebem a visita de um amigo arqueólogo que traz um amuleto descoberto em uma de suas pesquisas. O ambiente é tratado no conto com muitos detalhes e cuidados, como a noite na qual o visitante chega, quando pai e filho estão jogando xadrez à luz de velas. Esse aspecto lúgubre das casas, das noites com silêncio, é próprio do universo fantástico. Para a adaptação tivemos que partir de um princípio que pudesse ser análogo a esse clima sombrio. Num mundo cheio de luzes e barulho (como o nosso atualmente) optamos então por uma linguagem mais dinâmica: escolher a própria câmera como aspecto marcante na fronteira entre a coincidência e o puramente fantástico. A câmera delimita o clima denso que vai tomando conta do filme. Assim, este filme não poderia ser feito em outra bitola que não fosse o vídeo: é de uma câmera caseira que nasce o ambiente e a atmosfera em que se passa a história. Assumimos todos os percalços de um registro caseiro que acabaram por conferir riqueza na textura, nos enquadramentos e na maneira de abordar o roteiro.

Você dirige teatro há alguns anos, mas essa é sua primeira experiência na direção de uma ficção audiovisual. Como o processo de A Mão do Macaco reflete sua prática no teatro? Quais os pontos estéticos e técnicos de aproximação e distanciamento entre as duas linguagens a partir dessa experiência?

Como se trata de um filme de Horror, tive que pensar basicamente no trabalho de interpretação dos atores como ponto essencial. Buscar a devida dramaticidade para aprofundar os temas abordados no filme. Meu trabalho no teatro me auxiliou a poder desenhar todas as cenas previamente. Foram muitos ensaios marcando e repassando cada olhar, cada movimento. A sensação que a platéia deveria ter é de um filme caseiro – casual – mas tudo foi extremamente construído. Inclusive a própria câmera é manuseada por um dos atores. O que tornou ainda mais complicada a maneira como filmamos e o que escolhemos para fazer parte do filme.

Uma diferença muito marcante é que, geralmente, no teatro o diretor é mais ‘solitário’ no processo de construção de uma obra. Já no cinema os inúmeros assistentes e as inúmeras funções (direção de arte, fotografia, etc...) possibilitam uma discussão muito ampla sobre qualquer aspecto do filme. Outro ponto importante é que no teatro o ator tem plenos ‘poderes’ quando está em cena. O diretor não pode intervir. Já no cinema tudo passa pelo olho do diretor ficando impresso ali seu olhar sobre os fatos.

A Mão do Macaco é um filme de horror. No teatro você já dirigiu espetáculos que experimentam essa linguagem. Quais as particularidades desse gênero que lhe atraem?

Edgar Allan Poe dizia que é no horror que podemos encontrar a beleza. Para mim tratar do universo fantástico nada mais é do que poder falar sobre a beleza e sobre todo o mistério que há nela e que não somos, nem por um segundo, capazes de compreender. Parece um paradoxo mas não é. Nas situações limites encontramos a essência das coisas que nos cercam e encontramos também aquilo que nos move para viver. É enxergando o horror que podemos purgar nossos pecados e ver que a vida é muito maior do que, muitas vezes, exageramos em definir.

Como o elenco foi escolhido? Quais as relações entre os principais atores e seus personagens?

Bem, eu já havia imaginado Gláucia Grígolo para o papel de Sandra por conhecer seu trabalho, assim como Renato Turnes para o papel de Paulo. Ela tinha o perfil necessário para fazer uma adolescente inconseqüente, mas ao mesmo tempo misteriosa. Já ele tinha a qualidade de já ter certa experiência com a câmera na mão (pois se trata de um ator que vem fazendo trabalhos em cinema e conhece como se trabalha por trás das câmeras) assim como tinha a idade e o ‘visual’ necessário para interpretar o amigo dos dois irmãos (não poderia ser um ator muito parecido com ela, por exemplo).

Já a opção por Leandro Waltrick veio um pouco depois e acabou por dar sentido maior ao trio de atores. Leandro é bem mais novo que os outros dois, mas ficou à altura no conjunto de atuação. Acabou por dar a idade certa para os irmãos (foi referência, pois ele realmente tem a idade do personagem do roteiro) necessitando apenas colocar Gláucia com características visuais semelhantes às dele.

Interessava-me mostrar um casal de irmãos jovens, adolescentes, para que a tensão que via crescendo no filme pudesse ser alimentada pela energia plena da idade. Os ensaios foram, cada vez mais, revelando as relações dos atores com os personagens e, cada um ao seu modo, foi buscando espaço dentro das propostas do roteiro. Várias falas foram alteradas à medida que os atores se apropriavam e criavam novas características para os personagens.

Você resolveu ensaiar bastante com os atores e essa não é uma prática comum no cinema. Qual sua intenção com os ensaios?

Era demarcar exatamente cada ponto do enquadramento e da movimentação para se ter a devida consistência no lado oposto: parecer que nada foi ensaiado. Como o filme todo é registrado a partir de uma câmera caseira, a idéia seria a de que tudo no filme é resultado do acaso ou da intencionalidade primeira, isto é, o personagem pega a câmera e filma aquilo que quer filmar e nós, espectadores, vemos somente isso. Os ensaios também serviram como uma espécie de ‘storyboard’ ao vivo. Eu tinha, antes mesmo de filmar, todo o filme já gravado, pois registramos (e ensaiamos) todas as cenas numa câmera high 8 mm. Montei todo este rascunho em casa e pude já ver o resultado dos planos em seqüência. Outro ponto foi que os ensaios , no próprio espaço da casa onde rodaríamos o filme, foi essencial para permitir que os atores ficassem mais à vontade durante as filmagens, sem deixar que os problemas de ajuste técnico (que levam muito tempo nos dias em que se grava o filme) pudessem atrapalhar na concentração e consequentemente no trabalho de interpretação.

Que outros artistas e obras lhe inspiraram durante o processo?

Com certeza uma obra que revela a riqueza deste processo de ensaios foi Festim Diabólico de Alfred Hitchcock. Neste filme o diretor acabou, por uma necessidade técnica (ele só tinha 8 rolos de filme com 10 minutos cada), demarcando cada passo do ator, cada ação, cada detalhe dentro do apartamento onde a história se desenrola. É uma aula de síntese e construção cinematográfica. Já dentro do ponto de vista do cinema de horror outros artistas também serviram de base : Stanley Kubrick (O Iluminado), Alejandro Amenabar (Os Outros), e claro, A Bruxa de Blair que foi exemplar no tratamento dado à potência assustadora que um material filmado, ‘supostamente’ caseiro, pode criar.

Seu trabalho é caracterizado pela musicalidade e pela profunda ligação entre música, ação e drama. Como é a música em A Mão do Macaco, e como ela se relaciona com a história que está sendo contada?

A música é o elemento que denuncia a minha presença dentro do filme. A Mão do Macaco não se trata de um filme sobre um vídeo caseiro, mas sim, de uma ‘construção sobre’ um vídeo caseiro. Não se trata de um documento audiovisual encontrado em algum lugar como prova de algo que aconteceu, mas sim, de uma história vista a partir de ponto de vista de uma câmera casual. Aí é que aparece a figura do diretor. Eu interfiro com a música ressaltando as passagens que me parecem mais marcantes da atmosfera de horror que o roteiro propõe. A música tem o papel, aqui, de comentar a situação vivida pelos personagens principais e denuncia, a todo o momento, o horror que está por vir.

Toda a gravação foi realizada na casa da família de Sandra Meyer no Parque São Jorge, em Florianópolis, onde toda a equipe ficou concentrada durante o processo. Por que essa opção? O espaço é importante no filme?

Foi, talvez, a decisão mais importante de todo o filme. A gentileza da família Meyer Nunes foi incalculável, pois permitiu que os atores ensaiassem previamente um mês antes e pudessem descobrir, literalmente, todos os cantos da casa. A opção de escolher um único espaço estava já no roteiro. Creio que os grandes filmes de horror sempre trataram de enclausuramento. Os lugares fechados proporcionam a agonia devida e a síntese necessária para as situações mais extremas. A casa, no filme, é um personagem vivo que revela fotografias da família, cantos escuros, e pontos frágeis dos personagens. A concentração de toda equipe (que acabou dormindo na casa durante os dias de filmagem) foi essencial para termos a devida concentração no trabalho e na atmosfera proposta pelo roteiro.

Ao assistir hoje o filme pronto, que sensações ele lhe provoca? Quais as expectativas para o lançamento e para a esperada reação do público?

O filme, para mim, possui boa parte das idéias e sensações levantadas no início da escritura do roteiro. Ao materializar as idéias muitas coisas mudam. Espero que o filme possa tocar a platéia, pois se trata de uma obra dramática, e não de um filme do ‘gênero horror’ – aliás não aprecio a idéia de gênero no cinema – e que possa fazer as pessoas terem uma experiência pessoal mais intensa.

segunda-feira, março 24, 2008

Apertando Silvana no Blues

Vinil Filmes mostra Apertando Silvana, vídeo experimento de Ivens Machado, no Blues Velvet, nesta quarta-feira, 26.

Em 2007 os realizadores da Vinil Filmes viajaram até o Rio de Janeiro para registrar o encontro entre a fotógrafa, escritora e performer Silvana Leal e o artista plástico Ivens Machado, um dos principais nomes da arte contemporânea brasileira.
As imagens captadas durante a visita resultaram no documentário Um E Outro, episódio da Série Encontros que a RBS exibiu durante os sábados de março no SC em Cena.
O vídeo exibido pela RBS mostra o contato e a transformação do olhar de Silvana diante da força das obras de Ivens em seu ateliê no Rio de Janeiro, mas o público catarinense não pôde assistir a uma parte desse encontro: Ivens Machado utilizou o corpo de Silvana em um experimento de vídeo-arte, manipulando-o com as ferramentas brutas e os materiais pesados que utiliza para a construção de suas obras. Esse momento não foi exibido na TV pois o artista Ivens Machado autorizou somente a exibição integral do vídeo, chamado por ele de Apertando Silvana.
É essa experiência que o público de Florianópolis pode conferir nesta quarta-feira no Blues Velvet. Antes da sessão de Apertando Silvana os quatro episódios da Série Encontros serão exibidos para o público que não pôde assisti-los no SC em Cena.


Os episódios da série Encontros


Sobre Atores e Palhaços

Neste primeiro episódio, os atores Renato Turnes e Gláucia Grígolo mergulham no dia-a-dia do Teatro Biriba, tradicional companhia catarinense de teatro popular. O público foi testemunha do emocionante resultado desse encontro: sob a lona do circo os atores dividiram a cena com o grupo na comédia Biribinha Contra o Monstro de Frankenstein.


Viagens a Biguaçu

Fábio Brüggemann dá uma carona a Salim Miguel, em um passeio até Biguaçu. Paisagem constante na literatura de Salim, Biguaçu é o pretexto para uma viagem onírica ao coração dos dois escritores. O resultado é um mergulho nas raízes, memórias e inspirações de Salim Miguel e um diálogo afiado sobre a arte de escrever.


Breve Passagem

Jefferson Bittencourt revela a impressionante trajetória do maestro Edino Krieger. Entre conversas sobre o processo criativo da composição e troca de experiências musicais, o Cantus Firmus, grupo dirigido por Bittencourt, oferece a Edino a emocionante interpretação de uma de suas belas peças.


Um e Outro

Dois artistas catarinenses que criaram a maior parte de suas obras fora do Estado se encontram. A performer e fotógrafa Silvana Leal vai ao Rio de Janeiro visitar Ivens Machado, um dos mais significativos nomes da arte contemporânea brasileira. O pensamento sobre arte se torna concreto e compõe uma experiência plástica e performática repleta de formas e cores inusitadas.


O pocket - show
O músico Marco Britto está de volta na cidade depois de uma temporada morando em Porto Alegre. Ex-integrante da banda Jeans, Britto destila seu trabalho solo no melhor estilo folk-singer. Violão e gaita de boca. Música própria, canções de Bob Dylan e Byrds integram o repertório.

SERVIÇO

Série Encontros
Exibição de 4 episódios da série produzida pela Vinil Filmes que foram ao ar pela RBS TV.

Apertando Silvana
Vídeo experimento de Ivens Machado, com Silvana Leal

Pocket-show
Marco Britto toca rocks + folks



Blues Velvet
Pedro Ivo, 147 – Centro – Florianópolis
Quarta - 26/03
A partir das 20:00 h
Entrada: R$ 7,00

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Ângelo renasce


teste de maquiagem com Antônia Oliveira

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Trash Movie!!

Malcon Bauer ensaia Roberto Schimidt, o videomaker
Cristina Koglin ensaia a DivaTrash
Chico Caprário ensaia o Cameraman
e Renatângelo tenta impedir o crime.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Norma no Black & White Festival 2008

O vídeo "Norma", de Renato Turnes, acaba de ser selecionado para o Black & White Festival 2008. O festival internacional cujo foco é o Preto e Branco como linguagem acontece de 2 a 5 de abril na cidade do Porto - Portugal.

Alessandra Lazzarini é Norma


O antagonista

Paulo Vasilescu ensaiando Ronaldo, o coveiro almofadinha

O cemitério é uma cidade

O centro é populoso

as esquinas dividem os caminhos

a praça, onde rolam os encontros

a região nobre é arborizada, com belas construções

na periferia, vivem os que não tem nome.

A arte de Ângelo

As garotas da arte trabalhando, são observadas por Renatângelo ( de chapéu)

Jânio, nosso artista preferido, cria objetos incríveis...


...como o morcego de fios.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Pesquisa de locação: escadaria de Drácula

Seqüência "Delírio"


Círculo Italiano ou...


Palácio Cruz e Souza


Bela Lugosi's Eyes

Pesquisa de Locação: Praia do Pântano do Sul

Seqüência "As Férias do Sr. Ângelo"

Ângelo desmontado


Os diretores fazem o quadro


Loli diretora de arte


Gika diretora de produção


Marx diretor de fotografia

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Vinil Press 2 - A Mão do Macaco

Contracapa DC - Marcos Espíndola 5/2/2008



As novas da turma da Vinil Filmes são tantas que uma edição só não basta. Por isso, desde o meu último plá com o ator e diretor Renato Turnes (que me adiantou os trabalhos dos curtas Angelo, o Coveiro e Beijos de Arame-Farpado para este ano), reservei esta para hoje. Trata-se do lançamento do curta A Mão do Macaco, thriller de suspense, inspirado no texto homônimo de W.W. Jacobs. O projeto, também contemplado com o edital da Cinemateca, marca a estréia do diretor Jefferson Bittencourt no comando de uma ficção audiovisual. As filmagens foram concluídas em julho do ano passado e agora a película está pronta para a exibição, cuja data e local ainda não consegui apurar. O trailer do filme já está no Youtube, mas lá no Blog do Marquinhos você também poderá conferir.


No elenco a trutagem das boas: Renato Turnes, Gláucia Grígolo, Leandro Waltrick, Édio Nunes e a coreógrafa Sandra Meyer. Abaixo, reproduzo a sinopse da trama, publicada por esta Contracapa, logo que as filmagens foram concluídas:




"Dois irmãos (Gláucia Grígolo e Leandro Waltrick) comemoram o aniversário da mãe (Sandra Meyer), que logo após a festa parte para uma viagem à negócios. Durante a madrugada, um soturno senhor (Edio Nunes) bate à porta da casa e deixa um bizarro amuleto, a mão decepada de um símio, que teria poderes de conceder desejos aos seus portadores.A menina, entusiasmada, pede à mão dinheiro. Desejo realizado, mas com um ônus fatal: a morte da mãe num trágico acidente e, por conseqüência, a "graça" de uma polpuda indenização. E tudo passa a ser narrado pelo amigo da dupla, interpretado por Renato Turnes, um videomaker que acaba explorando a empreitada cinematográfica. A câmera vira também personagem dessa empreitada, ou melhor é co-protagonista."

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Vinil Press - projetos 2008

Contracapa Marcos Espíndola - 31/01/2008

  • Podem esperar, 2008 vem chumbo dos grossos da tela!...


    ... A Associação Cultural Vinil Filmes, que eu particularmente prefiro chamar de coletivo subversivo em benefício da redenção das almas ignorantes, começa o ano com uma fornada das boas: o lançamento para março da série Encontros, que será exibida pela RBS TV, e do suspense A Mão do Macaco, de Jefferson Bittencourt. Ainda naquele mês, Renato Turnes dará início às filmagens da saga de Angelo, o Coveiro, o divertido terrir, vencedor do Prêmio Cinemateca Catarinense de 2008. Nosso herói soturno agora embarca na sua aventura mais desafiadora. O curta contará com um elenco nativo estelar, como Paulo Vasilescu no papel de Ronaldo (o arqui-rival do nosso herói) e Gláucia Grígolo, a mocinha que guarda um sepulcral segredo e que forma o par romântico do Angelo. E surge também uma equipe de um filme trash que escala o escangalhado coveiro para a sua produção. As locações vão do Cemitério do Itacorubi às praias da Ilha. A expectativa é que o filme chegue ás telas ainda este ano. Mas você pode conferir alguns esboços que resultaram neste projeto, que são alguns estudos promovidos por Renato sobre o Angelo. A série de vídeos está no Youtube, mas você também pode conferir lá no Blog do Marquinhos...

  • ...



    E a Vinil promete para o final do segundo segundo semestre as gravações de outro projeto também contemplado pela Cinemateca: Beijos de Arame-Farpado. A resposta brasileira aos casal bandido Bonnie e Clyde (EUA), estará de volta na seqüência do sucesso Veludo & Cacos-de-Vidro, de 2003. Renato Turnes e Julie Krist novamente encarnam a dupla amoroso em novas artimanhas porno-trashs. A julgar pelo barulho do primeiro filme da trilogia, que chegou a ser censurado na TVE, Beijos promete emoções fortes, mas sem apelar, garante Clyde, ops desculpa, Veludo:



    - Vai ser bem família.

    Será que vem prole por aí? Não sei, da cabecinha desta turma espera-se de tudo, mas dá uma chegada lá nos blogs do Marquinhos e da Vinil Filmes (http://www.vinilfilmes.blogspot.com/) e curta alguns trailers dos projetos.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Tchuco, Baúco & Sporcatione

Vinil Filmes & Irmãos Panarotto



Tchuco Baúco e Sporcatione é a primeira incursão cinematográfica dos Irmãos Panarotto. Um filme produzido a partir de uma viagem dos dois irmãos pela Europa. Foram sete países visitados em dois meses. A base de operações foi na Itália e dali eles foram para outros lugares como França, República Tcheca, Irlanda, Hungria, Áustria e Espanha. Sempre com uma câmera na mão e nenhuma idéia na cabeça. Simplesmente filmando de forma aleatória e intuitiva, observando e registrando as coisas que iam acontecendo ao seu redor. A viagem contou com a participação do cineasta uruguaio radicado em Florianópolis que acompanhou a dupla em vários momentos, hora filmando, hora fotografando e hora dirigindo.


Para essa primeira exibição o filme foi finalizado em dezesseis minutos, de forma mais enxuta e direta, mas tem muita cena legal que ficou de fora dessa primeira versão. Estamos preparando algumas idéias para um possível DVD com uma versão estendida do filme com bônus.

Chico Caprario

O filme não é um musical, mas poderia ser. No final de contas, não passa de um apanhado de situações que remetem a proposta da dupla: um western spaghetti sem violência, sem sangue/catchup, mas com algumas pitadas de bom humor. O nome escolhido foi uma referencia ao diretor italiano Ettore Scola. Muito mais do que isso, o título surge em função da estética que o filme apresenta. É tchuco quando as imagens aparecem balançando como se a câmera não tivesse controle nem direção. É baúco quando aparecem as mais diversas situações sempre com bom humor. É sporcatione no sentido largado da coisa, despretensiosa e suja enquanto proposta de sonoridade/estética.

Demétrio Panarotto



o trailer!


A coisa toda foi gravada de maneira experimental e informal. A grande sacada foi a participação de Marco Martins que se prontificou a dar forma ao conteúdo filmado. Foi ali na sala de edição que a coisa toda começou a ganhar forma.

Roberto Panarotto


Há muito tempo vinha propondo algo para ser feito ou com a banda Repolho ou com os Irmãos Panarotto. Gosto de lidar com esse universo musical do vídeo clip e essa foi uma excelente oportunidade de exercitar. Nos divertimos muito na edição do material ao perceber que as imagens se encaixavam com as propostas musicais e quando isso não acontecia gerava uma estranheza interessante.

Marco Martins


Não percam!

Dia 30 de janeiro em Florianópolis.

Lançamento do filme Irmãos Panarotto em: Tchuco Baúco e Sporcatione

Logo após a exibição do filme acontece um pocketshow com os Irmãos Panarotto c/ participação do Marcelo Mendes

Preço: R$ 7,oo (sete pila)

Horário: 22:00 h

Local: Blues Velvet

Endereço: Pedro Ivo, Centro

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Moça


Mary Pickford




terça-feira, janeiro 22, 2008

Delírio

SEQ 9. INT/DIA/ESTUDIO

ÂNGELO de capa preta descendo uma escadaria de pedra, em uma reprodução de Bela Lugosi em Drácula. No fim da escadaria está a ATRIZ gorda, num vestido antigo. Ele a abraça sensualmente, ela cai em seus braços apaixonada. É muito pesada! Dentes afiados de Ângelo. Desequilibram-se. Caem.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

seq 1 - int/dia/escritório do apê

Pela janela vemos a chuva caindo sobre os prédios. Ouvimos a voz de dois caras.


MARCO (v.o)
É menos expressionista e mais Jacques Tati.

RENATO (v.o)
Humor físico. Planos mais longos e abertos, e a atuação dá o ritmo.


MARCO (v.o)
Tá e depois? Acho que a praia fica vazia por um momento...

RENATO (v.o)
Passa o morcego.

MARCO ri.


Vemos os dois em silêncio por alguns instantes, olhando a mesa cheia de desenhos, textos e coisas.
MARCO
Esse final...

RENATO
Tu não gostou né?

MARCO
Não sei.

RENATO
Nem eu.

Riem. MARCO acende um cigarro. RENATO respira fundo, gostando da fumaça.



RENATO
Depois a gente desenvolve melhor o final, mas é basicamente isso, só que mais...bonito.
E agora a gente tá cansado.

MARCO
(fazendo um alongamento meio matado)
Missão cumprida, meu velho.